Body data: como transformar suor e saliva em engajamento

by Luiz Gustavo Pacete

Há anos, já se discute a relevância cada vez maior dos dados biométricos e o corpo como plataforma. Ou seja, com o avanço de tecnologias que medem vários tipos de informações geradas por nosso sistema biológico, nasce uma nova frente de discussão, que envolve ética e privacidade, mas também muitas oportunidades.

No início de março, a Gatorade, marca da PepsiCo, aprimorou o Gx Sweat Patch, uma espécie de chip desenvolvido pela startup Epicore Biosystems que mede o nível de hidratação do corpo, enviando informações a um app que avisa à pessoa da necessidade de ingerir líquidos. Os dados biométricos, inclusive, foram protagonistas do Tech Trends Report, relatório de tendências lançado nesta semana no SXSW pela futurista Amy Webb.

Dentre várias tendências no que diz respeito à leitura de dados do corpo, apontadas por Amy Webb, estão Ultrasonic Body Waves, Behavioral Biometrics , Sleep Tech e Synthetic Biology, entre outras. Em sua participação no SXSW, nesta semana, inclusive, Amy destacou o corpo como uma rede. “Somos híbridos e iremos nos digitalizar cada vez mais, incorporando devices e formas de conexão com elementos digitais”, ressaltou. Ela mencionou, por exemplo, o Somonex, robô do sono que ajudará as pessoas a dormirem por meio de impulsos elétricos para o sistema límbico.

Renata Bokel, CSO da WMcCann, ressalta que a coleta de informações deste perfil de dados é cada vez maior e representa uma premissa a ser observada. “A coleta de dados biométricos (infos sobre o sono, exercício físico, pressão, batimento cardíaco, córneas) vem aumentando exponencialmente. A tendência é que, com base nesses dados (fornecidos sob o consentimento do consumidor, é claro), as empresas possam superhiper personalizar serviços, alimentos, planos de saúde, seguro, atendimento médico preditivo, produtos de beleza, roupas… E por que não ofertas de produtos e serviços?”

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