Brasileiros deixam de sorrir e o que sua marca tem a ver com isso?

by Luiz Gustavo Pacete

A pandemia vem afetando um traço importante dos brasileiros: o sorriso. Levantamento da Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado com 1800 brasileiros, feita em maio de 2021, revela que 79% consideram-se hoje estressados e 54% afirmam chorar mais, 53% dos brasileiros dizem que não se sentem em paz. 71% deixaram de dar risadas, e consequentemente a maioria da população, 66%, está mais impaciente com outras pessoas.

A insegurança do momento atual trouxe uma nova realidade: 58,4% dos brasileiros não estão se alimentando corretamente e 68,2% estão consumindo mais doces, o que, em excesso, podem ser extremamente prejudiciais. “A situação atual gerou uma hipervigilância que somada à falta de perspectivas e prazos tornou as pessoas mais ansiosas, com a chamada ‘coronasônia’, que é o aumento da insônia na pandemia. Hoje mais de 56% dos brasileiros não conseguem dormir direito, em decorrência dos hábitos desregrados e dos sentimentos de incerteza que hoje habitam essa rotina estranha.” explica Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

O cansaço virou rotina. 80% dos brasileiros se sentem mais fatigados. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu este momento de cansaço como ‘fadiga pandêmica’, consequência do esgotamento gerado pelo medo de um vírus que ninguém vê e de todas as mudanças do dia a dia.” diz Lígia. A fadiga traz consequências, como por exemplo, a impaciência social. “No auge da interação online, através das vídeo-chamadas, lives e redes sociais, é necessário criar tempos individuais, instantes de reflexão e autoconhecimento. O excesso de informação e a frustração das incertezas causa uma angústia que afeta diretamente a relação com o outro.” completa Ligia. Para melhorar este cenário, 46,7% dos brasileiros estão se cuidando mais e 28% da população tem tomado medicamentos para ansiedade ou depressão.

“É hora de as marcas ampliarem a visão e saírem da jornada de compra e entenderem a jornada de vida do brasileiro e ai vemos que o emocional das pessoas está abalado e precisando de apoio, de reconhecimento se enxergando no que as marcas falam. O brasileiro quer companhia, quer entender que não está sozinho. E esse apoio pode vir de diversas formas, tendo atitudes que reflitam o core da marca e gere essa identificação ou ainda com projetos e campanhas sociais, informativas e/ou colaborativas que contribuam para dias melhores neste período turbulento de pandemia, trazendo pertinência dentro desse contexto diferente que estamos vivendo”, explica Ligia Mello.

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